Olá amigos e amigas, hoje é daquelas noites em que me perdia nas palavras, procurando que o amanhã nunca chegasse,
Como eu gosto do hoje, o hoje, o hoje ...
Um almoço muito agradável com muitos dos amigos.
Como é bonita a amizade e como foi bonito juntar tantos amigos.
Parabéns Doro, pelo óptimo almoço que organizaste, (na minha opinião dos melhores).
Pena que não puderam estar todos presentes, mas a distância tem destas coisas e mais oportunidades haverão.
E como é bonito ver a nova geração de pequenos Nómadas.
Fiquei a saber também que a mensagem que tento passar e as toscas palavras que por vezes escrevo, reflectem os sentimentos de alguns de nós, e que são lidas por mais amigo(a)s do que pensava.
O partilhar das palavras, das mensagens e dos carinhos, faz-nos engolir em seco recordando-nos de todos os Nómadas que estão connosco fisicamente ou certamente espiritualmente.
Tal como diz o poeta, a vida ensinou-me(nos) a gostar do hoje, como tal e antecipando-me à sequência de textos que aqui tenho colocado, deixo-vos hoje com aquele que para mim é o meu mais bonito poema, talvez mesmo o único a que se possa chamar esse nome, e o qual ainda hoje me provoca alguns arrepios quando o leio.
A LONGA VIAGEM
Parti para a longa viagem,
Parti sem ninguém saber,
Nada levando na bagagem,
Nada deixando por fazer,
Com amigos bebi,
Com amigos me embriaguei,
Levo deles a saudade,
E a saudade deixarei,
Embriagado de amor por elas,
Por elas me apaixonei,
Deram-me longas noites de dor,
Deram-me longas noites de prazer,
A nada fui obrigado,
Tudo o que fiz foi por querer.
Agora que abalei,
Não quero lágrimas ou flores,
Quero risos e alegria,
E as garrafas a escorrer.
Quando nos reunirmos novamente,
Na nossa ultima morada,
Brindaremos outra vez,
Ergueremos os copos,
E tudo tornará a acontecer,
Da noite nascerá o dia,
E voltaremos a viver.
Rui Santos 2000-06-11