... mantendo viva a amizade que nos une. Este pretende ser um espaço de convívio, de desabafo, de escrita sem censuras, para quem quiser nele escrever, sempre e quando lhe apetecer. O rio, passa entre as montanhas, mas as duas margens não deixam de estar unidas. (excerto retirado do primeiro post do blog, publicado em 2007-02-15)
2013/07/25
2013/07/21
O RENASCER?
Olá amigos! Há tanto tempo que não falava convosco no nosso
blogue.
Gostava de fazer renascer o blogue “OS NÓMADAS”.
Afinal de contas
continuamos uns Nómadas, temos amigos no Ribatejo, no Algarve, na Inglaterra,
na Alemanha… Quando o blogue foi criado, não existiam os meios que existem
hoje, como por exemplo o Facebook, mas nunca tive o mesmo à vontade para
escrever no Facebook, como tinha para escrever no blogue. No facebook meio
mundo vai ver o que escrevemos, os amigos, os familiares, os conhecidos…, o
blogue era um cantinho que eu entendia e entendo como sendo só nosso e onde
estou à vontade para falar convosco.
Há muito tempo que não tinha um fim-de-semana caseiro como
este, em que temos tempo para organizar e pensar a nossa vida e brincar muito
com a nossa filhota. Felizmente entre trabalho, amigos e família, a minha vida é
extremamente preenchida e alguns dos amigos ou familiares até se queixam de um
certo abandono, o que não é de todo verdade, temos é de distribuir o tempo por
muitas capelas. Quem está longe talvez sinta precisamente o contrário.
Não há dúvida que a vida vai mudando e que não sou o mesmo
Rui dos finais dos anos 90, princípios do novo milénio. Também quem me conhece
dos anos 80, sabe como eu era. Os meus amigos eram vocês e até à 4ª classe na
escola não brincava com os colegas. No recreio limitava-me a estar a um canto a
observar. Ou seja, nem sempre fui o Rui da paródia e da palhaçada. E lembro-me
tão bem de tantos momentos que passámos juntos (então dos 3 da vida airada, Cócó,
Ranheta e Facada tinha muito para contar):
“Não chores, tens aqui um amigo…”, primeiro dia de aulas;
“Grafonola…”, e acaba
tudo ao murro e pontapé;
Gamar maçãs e atirar aos carros que passavam na estrada;
Os caldinhos de pinhão com açúcar;
Esmagar vidros e cravar nas costas da mão para sangrar;
As fogueiras dos Santos Populares;
A praia da Ponta do Mato e as pescarias…, são tantas, tantas
as memórias que me recordo com uma lágrima no canto do olho (e estou
perfeitamente sóbrio). É incrível, mas lembro-me de tantos pormenores como se
fossem hoje.
Para mim foi uma infância e adolescência espectacular, disso
não tenho dúvidas e a todos vós vos agradeço.
Os mais velhos, Pedro (o emotivo, Sagitário, talvez a
personalidade mais parecida comigo), Jorge (o perfeccionista) e Ninita (a
mulher do grupo e amiga leal). A colheita de 76 e 77, Bruno (o aventureiro e
pioneiro…), Eu (o ponderado, “quase” sempre armado em voz da consciência), o
Luís (com a sua personalidade forte, o último a resistir aos prazeres de Baco)
e o Zeca (o intelectual). Mais tarde o Hugo (força bruta da natureza) e o Kid (frontalidade
e clarividência). Não me esqueço das Manas e da Paula (que saudades), as amigas
da Quinta (grandes companheiras) e de todos os amigos e amigas que fomos
conhecendo, sendo que alguns e algumas por circunstâncias normais da vida se
afastaram do grupo.
Não há dúvida que actualmente me sinto um pouco velho e
cansado, nos anos da paródia, todos se lembram das farras, mas depois adorava
os meus momentos de solidão e reflexão. Actualmente divido a minha vida com a
minha mulher e a minha filhota, que embora me moam um pouco o juízo (e eu a elas muito certamente),
principalmente a mais pequena e me façam por vezes ter saudades de uns
bocadinhos só meus, são a melhor coisa que Deus me deu.
Bem e por agora não vos vou moer mais. Sei que nem sempre é
fácil, mas vou tentar guardar pelo menos 5 minutinhos por dia para estar aqui
convosco, a desabafar ou a vos ouvir.
Um abraço a todos e saudações Nómadas.
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