2007/02/28

DIÁRIOS DE MOTOCICLO


Um bom filme que passou na RTP1, no domingo passado e que retrata a viagem efectuada por "Che" Guevara e o seu amigo Alberto Granado, na sua "PoderosaII", (uma Norton 500cc. de 1932), através do continente Sul Americano.
(Em 17 de outubro de 1951, à sombra de uma videira, Alberto Granado e seu amigo Ernesto “Che” Guevara começam a sonhar com uma nova viagem. Há muitos anos partilhavam o desejo de viajar, e sempre fantasiavam sobre a Arábia, a Índia, a Malásia de Emilio Salgari. Mas até esse momento, eram apenas sonhos. Três meses depois, os dois amigos começariam uma viagem que mudaria suas vidas para sempre.
A travessia pela América depois se tornaria famosa: Argentina, Chile, Peru, Colômbia e Venezuela, passando por lugares fascinantes como a rota dos Sete Lagos, o deserto de Atacama, o lago Titicaca, Cuzco, Macchu Picchu e o Amazonas.
Eles saíram de Córdoba, da casa de Alberto Granado, em 29 de dezembro de 1951. Os papéis iniciais eram: Alberto Granado (batizado como “Mial”, de “Mi Alberto”) era o capitão, e Ernesto Guevara (batizado como “Fuser”, diminutivo de “furibundo Serna”) era o imediato. Quilómetros depois de iniciada a viagem, esses papéis mudaram naturalmente. De Córdoba, passaram por Buenos Aires para que Ernesto Guevara se despedisse de sua família, e seguiram caminho até o balneário de Miramar, onde Chichina Ferreyra, noiva de Ernesto, passava suas férias. Depois de uma semana de despedida, seguiram rumo ao sul, atravessaram o rio Colorado e chegaram a San Martín de los Andes, onde ficaram por vários dias. Percorreram então o circuito dos Sete Lagos depois de passarem por San Carlos de Bariloche, e entraram no Chile pela zona do Lago Todos los Santos.
Nesta parte da viagem, eles dormem no meio de uma tempestade, já que a barraca saiu voando durante uma tormenta perto de San Martín de Los Andes. Lá, trabalham como ajudantes de cozinheiro, e até fantasiam com a idéia de viver perto dos lagos.
No Chile, eles são tratados como “dois médicos famosos, especialistas em lepra”, e ganham até algumas notas em jornais locais, como o “Correo de Valdivia” e o “Austral” de Temuco, chegando a conhecer algumas autoridades. Querem ajuda para chegar à Ilha de Páscoa, mas não têm tanta sorte e seguem rumo ao norte. A moto Norton, batizada como “La Poderosa”, já havia sofrido várias quedas e consertos, e nesta parte da viagem, poucos quilómetros depois de sair de Collipulli, a direção se quebra, e eles são obrigados a seguir viagem a pé.
Seguem rumo ao norte, viajando clandestinamente em um barco, de Santiago a Antofagasta. Cruzam o deserto de Atacama, visitando o povoado de San Pedro de Atacama, que surge no meio do deserto como um oásis tranquilo e secreto: uma bela igreja de adobe, um museu antropológico inesperado. Visitam as minas de cobre de Chuquicamata e seguem rumo à fronteira do Peru. Ao se despedirem do Chile, já haviam percorrido mais de 6 mil quilómetros. )

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