2007/07/20

A CAUSA DE TUDO ISTO!

Bem como os meus amigos sabem, eu gosto muito de brincar e é o que tenho feito com estes posts, pois sei reconhecer as potencialidades e a beleza das "Italianas".
Por isso acho que já vos piquei o suficiente para animarmos isto um bocadinho, mas para não corrermos o risco de passar da animação à monotonia ao dizer sempre o mesmo, não vos vou chatear mais com os vossos gostos motociclisticos. Até porque corremos o risco de afugentar alguns dos Nómadas que aqui escrevem. Já agora onde anda a minha companheira de escrita nos princípios do blog?
Queria deixar também uma observação para o meu amigo Luís, que bem podia ter deixado aqui uma palavra de apreço pelas Honda. Não deve cuspir no prato que comeu.
Caso a memória vos falhe, muitos dos nossos amigos hoje em dia andam e têm mota, graças a uma dada CB 250 verdinha, que um certo Etílico contrariando a vontade de seus pais resolveu adquirir, após ter recebido uns “cobres” dos seus primeiros 4 meses de trabalho na ELO. Estávamos nos finais de Agosto de 1997 e durante o mês de Setembro a CBzinha fez de mota de instrução para muitos de vós. Não tenho muitas dúvidas que se não tivesse sido essa mota, andaríamos hoje em dia de enlatado e não saberíamos qual era o prazer de viajar de mota, de confraternizar nas nossas voltas como o fazemos actualmente. E já agora se a Varadero não prestava porque é que ainda te acompanhou durante 4 anos e lhe puseste 56.000 km?
Não é que tenha muito orgulho nisto que acabei de escrever, dado que tenho perfeita consciência dos riscos que corremos cada vez que saímos para a estrada sentados nas nossas montadas e nesse aspecto sinto-me culpado por andarmos todos de mota.
Aproveitando a deixa e dado que se aproxima um passeio a Abrantes e a mega Concentração Internacional da Mosqueira (até vem malta da Alemanha de propósito), venho por este meio vos solicitar que amansem os cavalos das vossas montadas, sejam elas Italianas, Alemãs ou Japonesas, conduzam em segurança e aproveitem o passeio.
Sei por experiência própria que nas viagens em grupo, há sempre um certa tendência para nos picarmos um bocadinho. Cada um deve deslocar-se ao ritmo que for mais condizente com a sua montada, a sua técnica de condução e não menos importante, com o seu estado de espírito. O que importa é chegarmos todos bem ao nosso destino.
Para mim andar de mota é um dos prazeres da vida, que tanto o tinha quando fiz a minha primeira viagem com mais de 300km, a 100km/h de velocidade máxima debaixo de chuva, granizo e um frio de rachar na minha CB 250 em direcção a Armamar, como tive quando levava a África Twin aos seus limites nas curvas do nosso Portugal (excepto quando ultrapassei os limites), assim como o tenho hoje em dia quando faço 1.000 km num dia em cima da Varadero na companhia da minha pendura ou simplesmente quando vou para o trabalho nela ou dou um calmo passeio de Domingo. Actualmente não preciso de preciso de grandes velocidades e de grandes curvas para retirar o gozo de andar de mota. Estarei a ficar velho, estarei com mais juízo? Não sei.
Bem o que era para ser um comentário no post que tem a foto da betoneira (a verdadeira), acabou por ser um longo desabafo.
Por isso me despeço, Aproveitem bem as curvas com as vossas montadas e andem com cuidadinho e talvez quem sabe, daqui a 40 anos, possamos formar o Grupo Motard dos Avôzinhos Nómadas.
Saudações Motards para todos os Nómadas.


2 comentários:

pedro alvim disse...

a cb foi a escola de muitos de nós. já tinhamos o bichinho das motas mas se nao fosse ela se calhar estavamos a andar de enlatado. concordo plenamente com o teu cuidado das viagens em grupo. cada um tem o seu ritmo e o importante é chegar e tirar uma fresquinha do frigorifico...
um abraco e saudacoes motards.

Rui Santos disse...

Ó Pedro, como é que podemos contactar contigo quando estiveres em Portugal?
Eu, o Jorge e o Luís estamos a pensar abalar na sexta-feira depois das 13h e comemos umas bifanas em Grândola para aconchegar o estômago. Vocês vão logo connosco, ou vão mais tarde?