Documentário C.I.M. 2008 – 1º Episódio

Sexta-feira, 13:30 mais coisa menos coisa, reunimo-nos eu, a Kati, o Jorge, o Kid, a Doro e o Marco na área de serviço da A2 em Palmela. Eu e a Kati chegámos primeiro e falámos com uma rapariga que fazia a viagem sozinha na sua Virago 250 e que nos avisa para termos cuidado, que já tinha ouvido nas notícias, que tinham ocorrido dois casos de motojacking durante a viagem.
Saímos da área de serviço já perto das 14h e rumámos a Sul, o calor apertava bastante e o termómetro indicava cerca de 38ºC. Conforme avançávamos na auto-estrada a temperatura ia subindo e dado que o ar condicionado das nossas motas estava avariado, eu e o Jorge resolvemos soltar os cavalos das nossas montadas e deixámos o Kid e restante família, prosseguir a sua calma viagem no fresquinho do ar condicionado do enlatado. De Alcácer do Sal até à Mimosa a temperatura não baixou dos 40ºC, sendo que em largos períodos atingiu os 41,5ºC.
Chegados à Mimosa era hora de esperar pelo carro de apoio (o que não demorou muito), de almoçar umas bifanas e começar a beber umas minis para ver se refrescávamos.
Após sensivelmente meia hora de paragem, decidimos partir, para chegarmos cedo e darmos um mergulhinho na praia.
Ao passar Ourique e começar a descer a serra, finalmente a temperatura começa a descer e chegamos a uns bem mais agradáveis (ou menos desconfortáveis) 35ºC.
Ainda não eram 17h e a previsão da chegada apontava para a hora ideal de ir para a praia, quando nos começam a fazer sinais de luzes. Uns quilómetros mais à frente lá estava um enlatado na berma da estrada com o radar apontado. Pensámos era aqui que os f.d.p estavam, mas continuamos a receber sinais de luzes e achamos estranho. A cerca de 15 quilómetros do nosso local da concentração eis que percebemos realmente o motivo dos sinais de luzes. O transito cortado na nacional e todo a ser desviado para a área de serviço da BP, que se encontra desactivada. Um aparato policial impressionante. Quase uma dezena de enlatados da BT e malta do Corpo de Intervenção. Os enlatados seguiam e as motas paravam. Uma autentica vergonha. Lá mostrei a documentação toda e como estava tudo em ordem mandaram-me prosseguir. Olho para o lado e vejo o Jorge já junto a um enlatado da BT e penso que já há qualquer coisa a correr mal.
Não é que os filhos da puta estavam a multar a malta por causa das matrículas. Segundo as bestas, saiu um decreto lei em Janeiro de 2006, que obriga a que todas as motas matriculadas a partir dessa data tenham de ter a matrícula em acrílico e num formato maior (como a minha). O Jorge apanhou uma multa de 120€, por ter comprado uma mota num vendedor oficial da BMW, ter uma matrícula com a homologação da DGV e no seu perfeito estado, sem estar dobrada ou alterada. E como ele foram muitos. Os selos já não dão dinheiro, tiveram de arranjar outra coisa. Quantas vezes ele já não tinha sido fiscalizado e não lhe disseram rigorosamente nada em relação à matricula? Não se admirem se algum dia vos mandarem parar e vos disserem que já saiu um decreto lei que obriga a que as motas tenham de ter 4 rodas em lugar das actuais 2.
É de facto uma vergonha, é isto a prevenção rodoviária? Para mim não passam de umas prostitutas que trabalham na beira da estrada, à procura de dinheiro para os chulos do Governo encherem o cú. É nestas ocasiões que vem ao de cima o meu lado desumano, se houvesse alguém a meter uma bomba no meio desses filhos da puta todos (os chulos e as prostitutas) e os mandasse subir na vida acho que não tinha muita pena.
Bem já chega de desabafo, que isto foi mesmo o pior da concentração e o resto valeu bem a pena...