2008/10/04

Aqui me reencontro e aqui me repenso, acompanhado por um gato e por uma garrafa de Whisky, vou queimando um cigarro, enquanto escuto lindas melodias e penso como são boas as coisas simples da vida, a paz que elas nos transmitem, o contacto com o saber simples e sincero de pessoas antigas, de outros tempos que já não voltam, o conhecimento das dificuldades que elas passaram, fazem sentir que por vezes damos demasiada importância aos problemas que temos, dá-me a vontade de querer mudar o mundo e como isso não posso fazer começo por me mudar a mim.
No intervalo de duas músicas, escuto as gotas de água que caem da chuva, como se lágrimas fossem choradas pelos anjos, que também eles se sentindo impotentes para mudar a vontade maior dos homens, choram como eu, envoltos em profunda melancolia, lágrimas que escorrem pela minha mota. Bebo mais um trago e acendo mais um cigarro, outra música mais bonita e carregada de sentimentos, toca no rádio, o gato transmite uma calma e uma paz inigualáveis.
Enquanto o comboio passa, lembro aqueles que já partiram, e um frio gélido me faz tremer, embora não trema só pelo frio, mas por um nervoso que não sei explicar, lembro-me mais uma vez de ti sabedoria e penso se tu serás aquela que eu procuro para encontrar o meu equilíbrio. Fecho os meus olhos e penso nos teus.
O álcool vai entrando no sangue enquanto as borboletas voam à minha volta, penso na metamorfose da vida.
Rui Santos 1999-11-13

2 comentários:

pedro alvim disse...

Mais um post carregado de simbolismo Sotnas... bebo contigo um golo de wisky e brindo às tuas palavras.

Anónimo disse...

Pobre gato... :P