2012/07/29

ÁLCOOL vs. CONDUÇÃO!

Este post serve de alerta e apelo a todos os meus amigos para moderarem o consumo de bebidas alcoólicas quando têm de conduzir.  

Pode parecer um conselho estranho, vindo de quem vem, mas a má experiência que tive fez-me mudar a mentalidade e gostava que servisse de exemplo para todos os Nómadas. Eu aprendi com o meu erro.

Muitas vezes fui avisado para não beber quando ia conduzir, mas pensava sempre “Eu estou bem, estou perto de casa, vou devagar, nada pode correr mal”... puro engano…

Um jantar de colegas de escola que não via há 16 anos, há mais de 6 horas sem meter nada no estômago e começo com 3 Imperiais para matar a sede, porque era 21 de Outubro mas o calor ainda apertava. No jantar a Sangria bebia-se como sumo, não parecia ter álcool, terei bebido uns 10 copos talvez. Vêm uns enchidos para a mesa e comer enchidos com Sangria não tem nada a ver, venha um jarro de litro de Vinho Tinto. Um colega bebeu um copo e o resto foi para mim. Era quase meia-noite e fumava já um cigarro a seguir ao outro, mas estava bem julgava eu. Vamos para um bar curtir um som? Porque não? É uma noite no ano, amanhã já me porto bem. Lá, bebo mais 3 Gins Tónico.

Estava a curtir o som mas olho para o relógio, são 3 da manhã, há 24 horas que não durmo e penso “este já não é o meu meio, tenho a mulher e a filhota em casa, vou-me mas é embora que este mundo do faz de conta já não é para mim”. Dizia para mim mesmo, “Eu estou bem, afinal já andei tantas vezes de carro e de mota bem carregado, é uma situação normal”.

Peço ao meu colega para me dar o capacete que ficou no carro dele, tiro o cadeado da mota, equipo-me e saio com a mota, levo a queixeira para cima para tomar ar fresco e depois … vazio total …  

Acordo, estou deitado numa maca, com a boca toda esfolada e apercebo-me de imediato, caí de mota, as horas que se seguiram foram bastante desagradáveis, bastava mexer um braço ou uma perna e tinha logo de vomitar. Quando chegou à parte de arder por dentro… às vezes a senhoras falam das dores de parto, essas nunca vou saber como são, mas o que senti não deve andar longe. Parecia que estava a desfazer-me por dentro, umas dores horríveis. Estive com um pé do outro lado. Naquela noite comprei um bilhete para o Inferno, mas era falso e fui recambiado.

Os dias que se seguiram também não foram muito bons, mas felizmente, mesmo com menos 20 cm de intestino (se fosse outra coisa era pior, que não sobrava nada...), estou cá para contar a história, cuidar da minha mulher e da minha filha e passar uns bons momentos com os meus amigos e a minha família, mesmo que tenha algumas limitações.

Não me lembro de nada do acidente, o que será que aconteceu? Não sei e acho que nunca vou chegar a saber. Adormeci? Acelerei demais, deparei-me com uma rotunda desconhecida e não fui capaz de a fazer? De uma maneira ou de outra, se não estivesse a conduzir alcoolizado, tenho a certeza que não teria acontecido este acidente, no local onde foi, seria impensável.

Quando a PSP me disse que tinha sido sozinho, que a única vítima a lamentar tinha sido uma árvore, foi um alívio para mim. Já viram o que é viver com a culpa de ter magoado alguém inocente por estar a conduzir embriagado? E os agentes perceberam que eu tinha aprendido a lição e pouparam-me a uma estadia na prisão e a ficar sem a carta de condução.

E pensar que ainda no mês de Agosto, tinha conduzido em estado quase semelhante de Vinhais para os Alvaredos, com mulher, filha e cunhado dentro do carro em estradas cheias de curvas e ravinas.

Felizmente que o acidente serviu para ganhar juízo, pena é que tenha sido necessário para eu entender.

Agora bebo o meu copinho, com moderação (até porque a tripa outra coisa não permite), mas quando tenho de conduzir não bebo.

E a redução do consumo de álcool tem sido só vantagens, quando quero ficar a curtir, bebo 2 copos de tinto e já estou porreiro e a minha memória, mesmo com a anestesia geral, tem melhorado com a redução substancial do consumo de álcool.

E tal como me diziam e é mesmo verdade, podemos divertir-nos com os amigos, sem beber. É tudo uma questão de hábito. Já fizemos ajuntamentos dos Nómadas, em que me divirto e rio a valer, mesmo sem beber.

Experimentem. Nas primeiras vezes pode parecer estranho, depois habituam-se. Quem está a jogar em casa sempre pode abusar mais um bocadinho.

Espero que sirva de exemplo e lembrem-se 
SE CONDUZIR NÃO BEBA!




3 comentários:

pedro alvim disse...

Boas! As tuas palavras dizem tudo.. Para curtir uma noite Nómada não é preciso encher a cabeça. No sábado abusei demasiado em casa do Hugo. Não me lembrei que tinha um carro para ir para casa, e tinhas 5 pessoas à minha responsabilidade.. Entre elas a Princesa.. Deus guiou-me até casa. De manhã nem me lembrava onde tinha deixado o carro estacionado.. E porquê? Porque fui irresponsável. Felizmente chegámos a casa.. A vida mudou com as crianças a entrarem nas nossas vidas, e não têem que pagar pelas nossas maluquices.. Foste e és um exemplo para TODOS os Nómadas. Infelizmente foi contigo, podia ser comigo ou outro qualquer.. Vamos ter muitas oportunidades de beber os nossos copos com algum exagero, mas com as chaves das motas e carros a ficarem no bolso.. Amanhã é outro dia!! Boas curvas.. Dessas e das outras:)

Rui Santos disse...

É isso mesmo amigo, temos todos de pensar assim e proceder de forma responsável.
Já todos cometemos excessos. Como dizem os Xutos: "não te deixes cair em tentações melancólicas, porque rebolar no lodo só serve para te sujares", mas hoje é outro dia e a partir de hoje há que ter outra postura perante o alcoól e a condução. Por causa de um dia de excesso estriparam-me todo. Temos de ter esta responsabilidade todos os dias sem exceção e não fazer como o tribunal constitucional "tirar o subsídio de férias e de Natal aos funcionários públicos é inconstitucional, mas este ano fazemos um intervalo para sacar o guito à malta".
Eu por mim tinha um mal, mesmo que não quisesse beber muito, depois de beber umas 3 médias, aquilo começava a saber-me cada vez melhor e esquecia-me que tinha de levar o veículo, ou falando melhor, não me esquecia, mas estava-me a arriar para o assunto. Era beber que o veículo já sabia o caminho de casa.
Por isso agora a minha atitude mais radical, quando tenho um veículo não passo de um copinho de tinto ou de uma cervejinha e não é sempre.
Mantenham-se originais, bebam SUMOL, Eh! Eh!
Ou então (vou passar a comprar para os nossos próximos encontros) bebam SAGRES ZERO, fresquinha não é assim tão má.
Boas curvas e boas férias para todos.

Kid disse...

O grupo com quem vou a Jerez e Portimão não mete uma gota de alcoól para dentro. Nem no caminho nem às refeições. É só água e coca-colas.