2007/11/11

MATEI O DESEJO DO MEU GIN TÓNICO!

“So if you want my address it's number one at the end of the bar
Where I sit with the broken angels clutching at straws and nursing our scars
Blame it on me, blame it on me,
Sugar mice in the rain, your daddy took a rain check”. (Sugar Mice – Marillion – 1987).
Hoje, depois de um agradável jantar apeteceu-me recuar um pouco no tempo e heis que acabo a noite num bar aqui bem pertinho de casa. O nome “Heart Rock”, que título sugestivo, após passar à sua porta centenas de vezes, lá resolvi entrar. A companhia é agradável, chegamos às 22:00 horas e somos os primeiros (isto até parece mal, mas se ficasse-mos em casa dava-nos o sono). Depois de ouvir algumas músicas dos Police (todas as músicas sempre acompanhadas do respectivo teledisco), o bar começa a animar. Muita música dos anos 80 e 90 para a malta curtir e não nos sentimos velhos perante o pessoal que o frequenta. (Para quem vai desacompanhado, a frequência também é muito boa, ups! Isto não era para eu dizer). Nas paredes a decorar podemos apreciar vinis dos Marillion (algures do tempo do Script for a Jester’s Tear), Deep Purple, AC/DC, White Snake, entre outros à mistura com muitas guitarras. Pois é, desde já vos deixo o desafio a acompanharem-me numa noitada até ao Heart Rock, que vale a pena, é um serão bem passado (o desafio é extensível à Reminiscências, Messias e amigos, que certamente irão gostar bastante, (num dia em que os putos possam ficar com os avós).
E o convite é para todos os Nómadas, tal como o Bu. diz, também eu sinto a vossa falta. Estávamos todos à distância de um assobio e agora estamos separados por dezenas, centenas e até milhares de quilómetros. Que puta de vida a nossa.
Ainda há poucos dias me lembrei do tempo em que ia-mos a uns bares lá em Corroios, a ouvir Heroes del Silencio, Gun, entre outros, a beber umas bejecas e a fumar uns cigarrinhos às escondidas. Parece que foi ontem e já passaram mais de 13 anos. Éramos uns putos de 16, 17 anos. Agora olho-me ao espelho e já cá está a barriguinha, as entradas na marmita, a esclerose, as dores nos joelhos e outras coisas que se passaram nestes anos e que me deixaram completamente frustrado e desacreditado de certas coisas. Bah! Chega de lamechices saudosistas e deprimentes. Já devem estar fartos de me aturar, mas aqui também têm bom remédio, quando não me quiserem “ouvir” podem sempre ignorar e passar à frente a leitura dos meus posts, que eu vou continuando a desabafar convosco.

Novidades da semana? (Novidades, novidades, não há). O que vos hei-de deixar? Lembrei-me de uma coisa que já há muito vos queria informar.
Para quem sente e ama as terras e as gentes do Sul a ponto de se comover com o simples falar de um(a) velho(a) Algarvio(a) ou Alentejano(a), aconselho-vos a ouvir o programa Lugar ao Sul da Antena1, que pode ser escutado aos sábados das 9 às 10h ou às segundas-feiras a partir da meia noite. Para quem tem a net disponível, é só ir ao site da Antena1, escolher no Podcast o programa Lugar ao Sul e ouvir ou fazer o download a qualquer hora, dos vários programas que estão disponíveis. Lugar ao Sul, a nossa terra, a nossa gente e o melhor de Portugal. Onde o locutor Rafael Correia entrevista pessoas simples do campo, das aldeias, das cidades, muitas delas sem estudos, mas que trazem a sabedoria e o mundo na ponta da língua. Eu sou um desses amantes do Sul, que por ouvir as histórias contadas pelas gentes da minha terra me comovo. É outra das coisas das quais eu sinto a falta. Nunca me consegui identificar com a vida na metrópole lisboeta. Desde sempre que as minhas férias eram passadas no Algarve. Nas férias grandes via-me afastado dos meus amigos, mas mesmo assim, mesmo sozinho, adorava percorrer as terras, descobrir novos caminhos, estar com as gentes antigas. Ainda conheci os meus bisavós, convivi com eles nos meus primeiros anos de vida, pessoas nascidas nos finais do século XIX. É um sentimento que pode parecer estranho, mas acho que posso afirmar que um dos amores da minha vida é a terra Algarvia, não o Algarve do turismo em massa, dos Lisboetas, dos Tripeiros, o Algarve tradicional (que também aos poucos vai desaparecendo). Talvez daqui a uns anos arranje coragem e decida mudar-me para lá.
Que estranho, a estas horas da madrugada, fui sobressaltado pelo uivar de um cão que parecia um autêntico lobo, acho que me está a avisar que já vou ter de dormir à pressa que já é tarde.
Bem desejo-vos uma óptima semana, e aproveito a deixa da kurva e do bu. para chamar os restantes nómadas. Onde é que anda esta malta? Venham cá ao tasco beber um copo e dar dois dedos de conversa (ou duas mãos cheias como eu fiz).
Saudações Motards

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