SEM SENTIDO, APENAS PARA FALAR E DESABAFAR!

(olha que traseiro bonito?)

(Aqui está a CBF mais uma vez!)

Após uma noite bem passada e muito, muito bem regada, devagarinho cá cheguei a casa, são e salvo e apeteceu-me escrever. No caminho a ouvir UHF! Porquê? Porque o António ainda continua a fazer umas letras, que me dizem alguma coisa. Uma das minhas favoritas, tem um refrão que diz assim "tanto fizemos, de puro prazer, no fio dos anos, sempre a correr", com um ritmo a fazer lembrar as velhinhas dos UHF e a recordar-me os anos de 1998 a 2000, que de facto foram uns anos que não considero nem melhores, nem piores, do que os vividos actualmente, mas sem dúvida muito diferentes e com menores responsabilidades. Foram anos, de puro prazer, vividos sempre a correr, em que principalmente eu, o Bu, o Alvim, os irmãos B-twin, o besHugo, o Zeca, o Tio Patinhas, as irmãs Lagartas, as irmãs Camaradas, o Kid, todos os fins de semana criávamos episódios para hoje recordármos. Do Pipas ao Baco, da Casa dos velhos em Corroios às Concentrações da Mosqueira, da casa do Tio Patinhas às noitadas na garagem e no Mil e Tal. Foram anos muito intensos. Hoje os tempos são diferentes, a vida sofreu transformações, tenho a Kati que me trouxe uma estabilidade emocional, que me ensinou a exprimir os meus sentimentos. Este era um texto, que poderia perfeitamente enquadrar-se no meu livro, sempre aberto, que é "Os Sentimentos Incompletos...Estados de Alma pela Noite!". Livro que estará sempre aberto até ao dia final e em que tantas fezes fui escrever, não desabafando com os meus amigos ou família. Agora contínuo muitas vezes sem ter a coragem de desabafar frontalmente, mas pelo menos não me envergonho de partilhar o que penso, com os meus amigos e aqui vou desabafando.

Recordo os velhos tempos com uma certa nostalgia, mas também com uma enorme frustração, pelo evoluir da vida para alguns de nós. Em mim permanece um sentimento de revolta e incompreensão, que me fez perder completamente os credos e religiões, deixando de acreditar n'Ele e em toda a hipócrisia da Igreja, mas sempre mantendo o respeito por quem acredita. São as vantagens da democracia, pelo menos podemos exprimir as nossas opiniões.

E o tempo vai passando, olhamo-nos ao espelho e pensamos que estamos tal e qual como à 10 anos atrás, mas... Vamos a qualquer lado, entramos numa loja, num restaurante, num café, no emprego e tratam-nos sempre por "Senhor" e aí ficamos a pensar, não pode estar tudo igual. Ouvimos os nossos pais já nos 60's ou a caminho deles a dizer, um moço ou rapaz da minha idade, e pensamos que entre nós seremos também sempre um grupo de moços, mas a marcha do tempo não pára e o cabelo vai caindo ou ficando branco, a barriga vai crescendo, as rugas vão aparecendo. Uma vez escrevi, "não tenho medo de morrer, tenho medo de ir morrendo", mas talvez não haja nada a temer, é a evolução natural e é bom que assim aconteça para todos nós e que tenhamos saúde para nos podermos governar até aos últimos dias, que não sejamos abandonados num lar onde ficaremos à espera que Ela chegue. Talvez esta conversa seja porque a sensação que tenho, é que os últimos anos têm passado depressa de mais. Não há tempo para apreciar a natureza, as estações do ano, em vez de desejar que as férias cheguem, estou desejando que falte mais tempo para isto ir correndo um pouco mais devagar.

Bem por hoje já chega, este foi mais um Estado de Alma pela Noite. Para quem chegar até aqui na leitura deste post, um Obrigado por me aturar e aqui fica mais um abraço para todos "Os Nómadas".